Antes
de ser preso, Arthur Roberto Lapa Rosal costumava publicar muitas fotos das
suas performances e dos itens de luxo que possuía
Carros, cavalos, caminhões e helicópteros nas redes sociais do vaqueiro
Foto: Reprodução/ Facebook
Renata Monteirormonteiro@jc.com.br
Suspeito
de ser um dos testas de ferro do grupo
criminoso investigado pela Polícia Federal (PF) na Operação Turbulência, o empresário
Arthur Roberto Lapa Rosal, que completa 34 anos nesta quarta-feira (29), é uma
figura bastante conhecida no interior de vários Estados do Nordeste. Muito
antes dos holofotes mirarem em seu nome por conta da prisão ocorrida no último
dia 21, em Vitória de Santo Antão, na Mata Norte de Pernambuco, Tuta Rosal,
como é chamado, já era famoso por seu talento como vaqueiro. Em 2014, o site
Portal Vaquejada – especialista no esporte – o elegeu o melhor vaqueiro amador
do Brasil.
Antes
de ser preso, Tuta Rosal era um assíduo participante de competições entre
vaqueiros e frequentemente ficava entre os primeiros colocados. Sua égua, Sugar
Miss Taylor, era um dos seus trunfos, segundo uma blogueira de vaquejadas que
não quis se identificar. A mulher ainda disse que se surpreendeu com as
notícias sobre a prisão do vaqueiro, com quem já havia se encontrado algumas
vezes durante eventos que participaram. “Ele é um ótimo vaqueiro e sempre foi
uma pessoa maravilhosa comigo, sempre me tratou bem. Fiquei muito surpresa com
sua prisão”, comentou.
Nas
redes sociais, Tuta Rosal costumava publicar muitas fotos das suas performances
e dos itens de luxo que possuía, como cavalos de raça, um ônibus equipado para
as competições e até mesmo um helicóptero. O proprietário do Grupo Rosal e de
outros empreendimentos, como um posto de combustíveis, era conhecido como o
“milionário das vaquejadas”.
Após
a prisão, no entanto, todas as contas do vaqueiro em redes sociais foram
canceladas.
No Instagram, rede de compartilhamento de fotografias, ainda é possível encontrar algumas imagens de Rosal marcadas por perfis de amantes do esporte com as hashtags #TutaRosal e #GrupoRosal.
No Instagram, rede de compartilhamento de fotografias, ainda é possível encontrar algumas imagens de Rosal marcadas por perfis de amantes do esporte com as hashtags #TutaRosal e #GrupoRosal.
Tuta
Rosal já teve alguns problemas com a Justiça, mas nenhum deles relacionado com
lavagem de dinheiro. Em um desses processos, por exemplo, ele foi acusado de
agressão por uma ex-namorada. A briga teria ocorrido após um show no Chevrolet
Hall (atual Classic Hall), em Olinda, na Região Metropolitana do Recife.
Segundo
as investigações da PF, além de Rosal, o grupo também usaria o empresário Paulo
César de Barros Morato como testa de ferro. Morato foi encontrado morto em um
quarto do Motel Tititi, em Olinda, um dia depois de ter o mandado de prisão
expedido.
As
circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas pela Polícia Civil,
responsável pelo caso, mas a corporação já praticamente descartou a hipótese de
homicídio.
Também
foram presos sob suspeita de participação no esquema João Carlos Lyra Pessoa de
Melo Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira.
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